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De onde vêm os alimentos que consumimos no dia a dia?

Como estes alimentos foram produzidos?

Quem produziu estes alimentos?

Pensando nestas perguntas e acreditando no consumo responsável como ferramenta de transformação socioambiental, surgiu em agosto de 2007, o grupo de consumo Comer AtivaMente, embrião da Sementes de Paz. O coletivo surgiu com o objetivo de repensar o nosso consumo de alimentos, redirecionando-o para pequenos agricultores independentes, cooperativas, associações e empresas que praticam um modelo de agricultura ecológica e relações de trabalho justas.

A partir das experiências  vividas com a Comer AtivaMente, em Abril de 2008, foi criada a Sementes de Paz. Empresa Social que nasceu com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da agricultura ecológica e do comércio justo, apresentando-se como um elo entre produtores e consumidores.

Desde então, a Sementes de Paz mantinha parceria com mais de 50 produtores, e já  proporcionou o acesso a uma alimentação muito mais saudável e responsável a mais de 2.000 famílias na cidade de São Paulo.

Leia também nosso artigo sobre reeducação alimentar para melhorar a saúde e emagrecer.

Nosso trabalho é pautado pelos princípios do Comércio Justo, da Agroecologia, do Consumo Responsável e da Economia da Cooperação.

O comércio justo traduz-se em um fluxo comercial diferenciado, baseado no cumprimento de acordos de responsabilidade entre os atores da cadeia comercial. Estes acordos buscam o fortalecimento da cooperação entre produtores, comerciantes e consumidores, a transparência na composição dos preços praticados, o planejamento para ações duradouras, a valorização e preservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento local sustentável.

Existem diversas correntes de agricultura ecológica como a biodinâmica, biológica, e a orgânica.

Os sistemas de cultivo ecológico baseiam-se na rotação e associação de culturas, no controle biológico, na utilização de adubação verde, estercos animais e compostagem, excluindo a utilização de fertilizantes sintéticos e agrotóxicos, como também reguladores de crescimento ou aditivos alimentares para animais. Essa agricultura tem como princípios ser socialmente justa, econômico e ambientalmente sustentável. A partir do esforço para a manutenção do equilíbrio da estrutura e produtividade do solo e do ambiente, o alimento ecológico é mais que “produto sem agrotóxicos”, representa o manejo equilibrado dos recursos naturais, a preservação da biodiversidade e da sustentabilidade do planeta.

O consumo é um ato de escolhas cotidianas com reflexos ambientais e sociais e, portanto, determinam o ambiente e a sociedade em que vivemos. O consumidor responsável é um ator político que utiliza suas escolhas para intervir positivamente na realidade ambiental e social que o cerca.

A Economia da Cooperação é uma estratégia de organização econômica, a qual envolve as dimensões do trabalho, do consumo, das trocas, do crédito e da educação. Ela é focada na autogestão, na valorização e satisfação das necessidades do ser humano e na reprodução constante da vida, entendida em suas mais diversas formas.